segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Reminescente

Algumas coisas me fazem lembrar
coisas de 16, 17 meses atrás
algumas recomendações, músicas
que me fazem lembrar
coisas de toda uma época
significativa o bastante pra mim
coisas de 16, 17 meses atrás
a banda tocava, a união se formava
e uma história foi vivida
coisas que me fazem lembrar
banco, distorção, barulho, sentimento
e se pudéssemos prever o futuro?
talvez fizéssemos da mesma maneira
pois não havia outro caminho
coisas que me fazem lembrar
de algum tempo atrás.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Propósito

A certeza de que nada pode ser em vão, segura minha mão e me dá algo em que acreditar!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Preguiça

Voltei. E não posso dizer que eu estou satisfeito com isso. As pessoas me inspiram preguiça. E eu tenho preguiça delas. Preguiça de ver como nada mudou. Preguiça de ver que enquanto eu conheci todo um mundo novo, aprendi a conviver com tanta gente que eu nunca tinha visto na vida, o tanto que eu cresci, e as pessoas estão iguais. Dando valor pro que não deveriam dar. Dando atenção para coisas que beiram o ridículo. Fúteis. Não estou me julgando a pessoa mais desprendida e evoluída do mundo. Mas essa preguiça me mostra o tanto de coisas que eu consegui superar e eles não.

Quero ganhar o mundo, e não ficar aqui andando para trás.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Resenha sobre Estar

A noção de ser de um indivíduo é concebida a partir de sua própria consciência, em um primeiro momento, sobre o que ele pensa sobre si mesmo. Ao entrar em contato com com outros seres, este Ser influencia e é influenciado, e a concepção deste Ser muda e agora sofre influência (em sua noção de Ser) do que outros seres acham e pensam sobre este ser. Ou seja, sua própria concepção agora depende, também, da interpretação subjetiva de seu decifrador.

Diálogo

Tese, antítese; Síntese.
Síntese, Antítese; Tese.

Todo dia é um dia que se renova
Eu sou novo e me renovo a todo dia.
Sou aprendiz e ensino a vida a viver
Vivo todo o dia e todo o dia vive em mim.
E hoje é o primeiro dia do resto da minha vida.

sábado, 19 de setembro de 2009

Gênese

Eu não quero outra vida. Tá tudo diferente. A casa em casa mudou, já não é mais casa. O que é casa? Me sinto bem onde estou. Minha casa é minha mente, minha morada é meu corpo. Meu coração tá em Ouro Preto e sinto falta de tê-lo por perto. Mas eu não podia querer outra vida. Me sinto livre. Me sinto útil. Tenho que me virar com o mínimo do mínimo por mês. E quer saber? Eu tô adorando! Adorando aprender e enxergar as coisas como elas são. Adorando descobrir que tudo que eu aprendi a minha vida toda tava errado, ou que no máximo foi contada uma meia verdade. Adoro também saber que isso é apenas o comecinho.

Esse mês de agosto/setembro foi crucial. MUITA coisa mudou. E eu percebi que não ter um quarto para mim em nenhum lugar não é tão importante. Eu estou bem comigo mesmo, e é isso que importa.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Movediço

em uma semana MUITA coisa muda. muda a cidade, muda o estado de espírito, muda uma casa, muda de casa. e a casa era família que se desfez. o estado de espírito é a montanha russa disparada. a cidade não era muito grande e agora ficou menor. mas em uma semana muita coisa muda. muda pra melhor. e o tempo não pára.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ebulição

Correr atrás da vida e deixar a vida correr atrás de mim
Pouco a pouco, conquistar independência
A distância é grande e a saudade vai apertar
Mas já dizia o poeta que, "tudo vale a pena quando a alma não é pequena"
Pensamentos a mil, versos lançados sem ordem
mais ou menos como isto aqui, entendidos da maneira que podem!

Sem rima, sem traço, sem vírgula, sem métrica.
E eu vou lá! que este é apenas o começo.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Caminhando

Tudo o que eu vejo é lixo
Tudo o que eu como é plástico
Estou cercado de novidades,
é demais, é fantástico!
Tudo o que se vê, não é
Tudo o que se sente, mentira
É globalizado, modernizado
Sentimentalismo barateado
À venda, vendado!
Toda uma vida involutiva
Volúvel, volátil, contrátil
No moderno, tudo é fácil!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Um banco

O chão sujo e as paredes descascando me pareciam tão mais amigáveis há 2 ou 3 anos... Mas não tem como negar o que todo aquele ambiente representou - e talvez ainda represente - para mim. Para mim e para qualquer um, marcou de alguma forma. Ali eu me fiz, desfiz e me refiz. Fiz amizades, desfiz e refiz. Fiz amores, desfiz, enfim.
Convivi com pessoas que admirei, vi coisas que me fizeram pensar. A liberdade que nos era dada era um teste. Um teste pra vida? Reprovados então, sempre que ouvíamos aquele velho "futebol molquecadinha?".
Aprendi a programar. Aprendi a me programar. Aprendi até a administrar meu dinheiro, a poupar entre os almoços aqueles dois ou três reais que garantiriam o fim de semana em algum show barato. Aprendi que apenas um banco duro e minha mochila serviam (e como!) melhor que muita cama. Aprendi a dar valor a certas coisas, nos pensamentos que tinha durante as viagens de volta para casa, onde ia feito carne enlatada.
Dei risada, dei muita risada.
Conheci o amor pela dor, ou a dor pelo amor. Aprendi, definitivamente, que o tempo não volta.
Joguei presidente na hora do almoço, estendi a conversa até 3 da tarde. Não entraria naquela hora, já faltava pouco tempo para o intervalo. E esse parecia ser o tempo mais apreciado.
Conheci aqueles que seriam música em mim. Conheci, enfim, a vida, em seus defeitos, qualidades, nas diferenças e nas semelhanças. Aquele lugar tinha uma atmosfera diferente.
É bem verdade que hoje as paredes não estão mais descascadas, tampouco o chão é sujo da mesma maneira. Mas sempre que passar por ali vou sentir saudades.

domingo, 7 de junho de 2009

Cérebro prejudicial

E essa coisa do tempo passar
o que de verdade importa lá no fundo
que só ele traz uma resposta
E que do prevenir-se, fez-se remediado
A fumaça voltou
esconda-se, salve-se
Mate-se com o punhal da seriedade
pois sua inocência se soltou
Seja subestimado pelo que querem pra você
passem-se os anos e sinta-se enojado
é tudo proporcionalmente inalcançável
Pouco importa o que pra você as coisas possam parecer
O que é real mesmo é o que outrora quiseram pra ti
mas não é o mesmo que desejam pra si
Corre, corre
Salve-se de toda métrica
e de toda imposição
O tempo que tens é curto demais pra sentir-se realizado
porém é longo o bastante para sentir-se arrependido

sábado, 23 de maio de 2009

Desordem

Entrei desesperado por um pedaço de atenção, porém não demonstrei. Ela me disse - Já estava tudo pronto, porque estragou tudo? Eu não tinha feito nada. Comecei a pensar e os segundos tinham pressa, corriam cada vez mais. Ainda não havia entendido o que eu tinha feito. De repente me encontro coberto de risos esfumaçados, deturpados, surgidos das bocas de quem não tinha mais o que fazer. Então logo imaginei que ali poderiam ter lido meu pensamento. Mas isso não existe. A visão ficara turva e eu já não me lembrava mais onde estava a fechadura, muito menos a chave. Ouvi algo irônico dizer que tudo era uma brincadeira da minha mente. Enquanto eu não me organizasse, aquela ficaria ainda mais turva e emaranhada. Fechei meus olhos e dei voz às frases. Tudo parecia fazer algum sentido agora. A vibração foi diminuindo e com ela, a clareza de opiniões.
Quase ao final do processo, dei meia volta e perguntei à minha subconsciência o que ela achava disso tudo. Ela não estava mais lá. Fui me sentindo cada vez mais confuso. Contudo, desta vez a confusão foi proposital. Quanto mais confuso, mais ela voltava, e quanto mais ela voltava, mais confuso. Essa confusão me deu a calma. E foi aí que eu percebi que não valia a pena. Você é quem você é.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Se segura, malandro...

A cabeça de quem presta vestibular já não é lá muito certa da vida em geral, sobretudo quando o assunto é "o que será que vai ser de mim daqui uns meses". Você acorda vestibular, come vestibular, respira vestibular, dorme vestibular. Não há nada que faça e não há assunto que converse que o tire de seu maldito pensamento. Malditos...
Como se já não bastasse a confusão que páira em nossas mentes, o MEC ainda dá uma forcinha. Seria muito pedir um pouco de consideração por quem se mata de estudar, faz planos e sempre acha que tudo que está fazendo não é suficiente? Eu tenho pensado exaustivamente em uma resposta. Por que será que eles tem tanta pressa nas mudanças?
Ao meu ver, e acho que de todos que são dotados de um pouco de bom senso, essas mudanças teriam que ser avisadas com PELO MENOS 1 ano de antecedência. Eles deveriam estudá-las por um pouco mais de tempo, não acham? Pois bem.
Eis aqui um fato curioso: 2010 é ano de eleição. Tá, e daí? Pensem comigo: Se este novo modelo de vestibular der certo, quem levará os louros da glória? Huum... Pois se deixassem essas mudanças pro ano que vem, talvez já não daria mais tempo do atual governo se gabar das "ótimas" reformas no modelo chamado antiquado de vestibular. Mas você agora deve estar pensando, "e se der merda?". Bom, se der merda eles, como sempre, dão um jeito de jogar a culpa em alguém e dizer "bom, acontece que não tivemos tempo de estudar direito as propostas...". Além do que eles ainda teriam um ano para tentar consertar a cagada.
E os estudantes nisso tudo? Quando fomos consultados? Cadê a participação da UBES e da UNE? É tudo sobre politicagem. É tudo sobre quem vai ser eleito, quem vai levar o crédito.
Quando os nossos representantes começarem a agir pelo seu povo, independente se seu número é 13 ou 45, aí sim, teremos uma Nação.



*Vale lembrar que sou contra o vestibular, sou a favor de um sistema eficaz de educação. Porém sou contra propostas mal estudadas e impostas de uma hora para a outra.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Flash de pensamento

Chega uma hora em que você acredita em algo e o quer tanto, mas tanto, que na sua cabeça já aconteceu. Você acha que já está tudo encaminhado, não conta com as adversidades. Não se lembra que, para chegar ao seu destino, você antes precisa percorrer toda a estrada. Ou então até se lembra da estrada, mas não das ruas esburacadas, do sono ao volante, dos trechos perigosos. Pois bem. Surgem milhares de projetos, cabeça a mil. Você quer fazer a revolução. Quer dar aula no estado. Quer mudar a educação, mostrar que a leitura e a arte modificam um mundo todo. Quer que as pessoas aprendam a pensar. Você quer não impor o SEU pensamento, mas sim ensinar os pequenos a construir o seu próprio. Quer o fim das diferenças sociais. Quer que a sua existência não seja em vão. Quer mais pessoas pensando no bem coletivo. Sim, acho que tudo isso é possível.

Utopia? Não... mas eu ainda nem passei no vestibular.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Medo da chuva

Mamãe disse para me comportar,
pediu também para não chegar tarde
e falou para tomar cuidado com as companias.
Mamãe fez de tudo para orientar.
Mamãe disse para não sujar as roupas novas.
Mamãe disse para não se atrasar para a escola,
queria que eu tirasse notas boas,
e não gostava quando eu contestava a professora.
Mamãe não queria que eu errasse.

Mamãe sempre me mandou colocar o casaco,
achava que era melhor não pegar sereno.
Mamãe não queria que eu tomasse vento gelado
e sempre mandava levar o guarda-chuva.

Dentre tantas mil coisas, mamãe definitivamente não queria que eu pegasse chuva.
Achava que iria me resfriar e não sarar mais. Achava que esta história de chegar molhado em casa não daria em boa coisa.

Mas a chuva, mamãe, ensinou a viver.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Oceano de confusão

Estão desaparecendo
Então agora você entende
meu oceano de confusão
põe a perder em ruínas
Onde está você?
Perdido na rua, em algum lugar
aproveitando a chuva
Sentindo, sentindo
tempestade de idéias
imunidade de idéias
meu oceano de confusão
Apenas aquela, sozinha
embarcação sentida
flor da pele, aflita
que a veja de longe
receba uma ligação

sinta o momento que muda uma vida
sinta o remédio que cura a ferida

veja o clichê daquilo que escreves sem precisão
e seja muito bem vindo ao oceano de confusão

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Seria o plágio do rolex?

Ouvindo esta música do Móveis Coloniais de Acaju, "Seria o rolex?", sentindo tudo que eu estou ou estava e misturado a todo esse sentimento que eu insisto em tentar explicar, me vejo numa MERDA sem sentido, assim como tudo que eu escrevo. Confesso que eu estou até agora tentando achar a similaridade dessa música com a atual situação de tudo. Sei lá. "Busquei em vão identificar motivos para não te guardar"... É, talvez até tenha. Eu não queria ser tão crucificado ao falar do que eu sinto. E eu queria mais ainda que não confundissem intensidade com drama. Não quero confete. Não quero chamar atenção. Tudo que eu quero é talvez a aceitação das pessoas que eu me importo. Eu as aceitei, porque a recíproca por boa parte delas não parece ser verdadeira? Semanas atrás eu estava me encontrando em estado de alerta. Isso, estado de alerta. Mais ou menos tudo que saía da minha boca passava por uma censura mental, filtros e filtros de expressões. Eu estava coando meus sentimentos. "Penso e dispenso explicações". Não sei, eu queria saber se isso tem relação com o joguinho - perigosíssimo, diga-se de passagem - bipolar do meu psicológico, inconsciente ou a puta que paril que for. É extremamente desconfortável sair de um estado de euforia máxima e sentir-se caindo em um abismo em questão de segundos. Uma coisa seria aquela tristeza contínua, onde não resta mais forças pra nada. Outra é quando a melancolia bate sem mais nem menos, ainda resta em você toda aquela energia. Não é uma boa combinação. As vezes eu penso que se eu procuro aceitação, a primeira coisa a fazer é... Peraí. Eu ia dizer "me aceitar". Acontece que... EU ME ACEITO. Eu estou muito bem comigo mesmo, obrigado. Mas dei a entender que não estou. É. Provavelmente até o final da "ladainha" eu já tenha mudado 4 ou 5 vezes de idéia. Mas ah, eu estava falando em compreensão.
Feliz de quem chegou até aqui.

sábado, 4 de abril de 2009

Esclarecer

chegou uma mensagem, esclareceu
Já não sei mais
Agora sei, mas já não tenho tanta certeza
Ajudar a organizar o mundo, "pero no mucho",
pois não consegues organizar nem a si mesmo!