sábado, 23 de maio de 2009

Desordem

Entrei desesperado por um pedaço de atenção, porém não demonstrei. Ela me disse - Já estava tudo pronto, porque estragou tudo? Eu não tinha feito nada. Comecei a pensar e os segundos tinham pressa, corriam cada vez mais. Ainda não havia entendido o que eu tinha feito. De repente me encontro coberto de risos esfumaçados, deturpados, surgidos das bocas de quem não tinha mais o que fazer. Então logo imaginei que ali poderiam ter lido meu pensamento. Mas isso não existe. A visão ficara turva e eu já não me lembrava mais onde estava a fechadura, muito menos a chave. Ouvi algo irônico dizer que tudo era uma brincadeira da minha mente. Enquanto eu não me organizasse, aquela ficaria ainda mais turva e emaranhada. Fechei meus olhos e dei voz às frases. Tudo parecia fazer algum sentido agora. A vibração foi diminuindo e com ela, a clareza de opiniões.
Quase ao final do processo, dei meia volta e perguntei à minha subconsciência o que ela achava disso tudo. Ela não estava mais lá. Fui me sentindo cada vez mais confuso. Contudo, desta vez a confusão foi proposital. Quanto mais confuso, mais ela voltava, e quanto mais ela voltava, mais confuso. Essa confusão me deu a calma. E foi aí que eu percebi que não valia a pena. Você é quem você é.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Se segura, malandro...

A cabeça de quem presta vestibular já não é lá muito certa da vida em geral, sobretudo quando o assunto é "o que será que vai ser de mim daqui uns meses". Você acorda vestibular, come vestibular, respira vestibular, dorme vestibular. Não há nada que faça e não há assunto que converse que o tire de seu maldito pensamento. Malditos...
Como se já não bastasse a confusão que páira em nossas mentes, o MEC ainda dá uma forcinha. Seria muito pedir um pouco de consideração por quem se mata de estudar, faz planos e sempre acha que tudo que está fazendo não é suficiente? Eu tenho pensado exaustivamente em uma resposta. Por que será que eles tem tanta pressa nas mudanças?
Ao meu ver, e acho que de todos que são dotados de um pouco de bom senso, essas mudanças teriam que ser avisadas com PELO MENOS 1 ano de antecedência. Eles deveriam estudá-las por um pouco mais de tempo, não acham? Pois bem.
Eis aqui um fato curioso: 2010 é ano de eleição. Tá, e daí? Pensem comigo: Se este novo modelo de vestibular der certo, quem levará os louros da glória? Huum... Pois se deixassem essas mudanças pro ano que vem, talvez já não daria mais tempo do atual governo se gabar das "ótimas" reformas no modelo chamado antiquado de vestibular. Mas você agora deve estar pensando, "e se der merda?". Bom, se der merda eles, como sempre, dão um jeito de jogar a culpa em alguém e dizer "bom, acontece que não tivemos tempo de estudar direito as propostas...". Além do que eles ainda teriam um ano para tentar consertar a cagada.
E os estudantes nisso tudo? Quando fomos consultados? Cadê a participação da UBES e da UNE? É tudo sobre politicagem. É tudo sobre quem vai ser eleito, quem vai levar o crédito.
Quando os nossos representantes começarem a agir pelo seu povo, independente se seu número é 13 ou 45, aí sim, teremos uma Nação.



*Vale lembrar que sou contra o vestibular, sou a favor de um sistema eficaz de educação. Porém sou contra propostas mal estudadas e impostas de uma hora para a outra.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Flash de pensamento

Chega uma hora em que você acredita em algo e o quer tanto, mas tanto, que na sua cabeça já aconteceu. Você acha que já está tudo encaminhado, não conta com as adversidades. Não se lembra que, para chegar ao seu destino, você antes precisa percorrer toda a estrada. Ou então até se lembra da estrada, mas não das ruas esburacadas, do sono ao volante, dos trechos perigosos. Pois bem. Surgem milhares de projetos, cabeça a mil. Você quer fazer a revolução. Quer dar aula no estado. Quer mudar a educação, mostrar que a leitura e a arte modificam um mundo todo. Quer que as pessoas aprendam a pensar. Você quer não impor o SEU pensamento, mas sim ensinar os pequenos a construir o seu próprio. Quer o fim das diferenças sociais. Quer que a sua existência não seja em vão. Quer mais pessoas pensando no bem coletivo. Sim, acho que tudo isso é possível.

Utopia? Não... mas eu ainda nem passei no vestibular.