quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Banal

Tão inspirado e tão vazio ao mesmo tempo. A vontade de transformar vem junto com o desânimo catastrófico à sua melhor maneira existencial. O mundo aqui fora tem problemas diferentes. Cada minuto que o relógio conta, não volta. Óbvio? Talvez nem tanto. Mas o que é óbvio, para os pensamentos nublados, é que o tempo que dura cada minuto que passa é inversamente proporcional a esse mesmo tempo que já vivemos, e viver cinco anos daqui pra frente jamais será a mesma coisa que os cinco anos que passaram de cinco anos pra cá. É menos. E cada vez diminui, e cada vez vai sempre diminuir. Inevitável pensar que o fim disso está mais próximo do que pensamos. De tudo. E então voltamos: a vontade de transformar vem junto com o desânimo catastrófico à sua melhor maneira existencial. Tudo acaba um dia. Então porque sobrepor-se a outro? Poder, exploração, consumismo, intolerância, aparências. PRA QUÊ, se um dia fomos pó e fatalmente o tornaremos a ser? Permita-se pensar e agir. Permita-se aceitar o que te é estranho. Permita-se não estar nem aí pra essa merda feita com tal papel tão característico ao toque. De olhos fechados todos o reconheceriam, e de pronto viria a pergunta: "é de quanto?". Perceba, é só um papel. São números, que de alguma forma passaram a ditar o quando você vale nesse mundo. E o tempo passa, cada vez menor. Cada vez mais rápido. Implacável. De repente nos tornamos bilhões de tontos, cada um empenhando-se neste tempo cada vez mais curto a ganhar mais e mais para, quem sabe um dia, conseguir provar seu valor. Eles conseguiram.
Tem alguma coisa errada.

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