domingo, 16 de maio de 2010

O Fabuloso Destino

Sinceramente eu não sei. Não que eu soubesse algum dia. Mas ultimamente sei menos ainda.
Acontece que esse vai e volta cansa. Esse não ter casa às vezes também cansa. Algumas vezes tudo o que quero é sentir que sou alguma coisa. A ânsia pela metamorfose foi tanta, que acontece sem querer agora. Por vezes não sei se é geografia, sociais, letras, filosofia ou até artes cênicas (ah, artes cênicas...). Não sei se é casa, rua, moradia, chão, fome, dinheiro, anarquia, capitalismo, supermercado, brechó, pedologia, campo, congresso, ônibus, bicicleta, filme, falta de comida, queijo caro, teatro teatro teatro, semana de arte, vinho barato, roupa, frio, muito frio, muitíssimo frio, calor, honestidade, sinceridade comigo ou com outro, carregador, Santos ou Ourinhos ou São Paulo, palha, sono, euforia.
Mas uma coisa é certa. Mesmo com tudo isso, sou sincero quando digo que é isso, é exatamente isso, o que eu sempre procurei. O tempo aqui corre diferente e o sentimento, traiçoeiro. É impressionante o que pode acontecer em uma semana, em um mês.
Aqui continuo. E sustentado pela certeza (uma das poucas) que nada disso está sendo em vão.

Um comentário:

Pétilin disse...

Me sinto assim também. Mas acontece que mesmo sabendo que é exatamente isso que sempre procurei, agora já estou a procura de outra coisa. O que me faz viver menos o agora, esperando novamente o depois...