quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Para?

vou no outro caminho
e quando me olho no espelho
me assusto
vejo um homem passa na rua
aquém do mundo
percebendo o circo que o rodeia
e começa com seus devaneios

eu não tenho muito a dizer
e não tenho muito a fazer
mas tenho um curto tempo
quero alcançar tudo
quero viver para sempre
mas qual o ponto?
quero sobreviver
e mais
quero viver!
fazer barulho e incomodar
a quem, só depende de quem dita as regras
e não segui-las seria um prazer pessoal
mas acaba que sou
um hipócrita
um covarde
"que faz parte de uma geração sem peso na história"
das facilidades e inutilidades
não vivemos uma época
apenas o imediatismo imbecil
sem chance de momentos importantes
tudo é rápido, pré-cozido, plastificado
nada mais tem uma razão de ser
e não tem uma razão por ser
e não consegue ser por uma razão
apenas existe e está ali, de passagem

mas isso não basta.

Nenhum comentário: